O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes , revogou na noite desta sexta-feira (13), a prisão preventiva do ex-ministro do Turismo Gilson Machado . Ele havia sido preso pela Polícia Federal na manhã do mesmo dia em Recife, acusado de conseguir um aporte português para o tenente-coronel Mauro Cid , ex-ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro e delator no processo sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, sair do país.
Logo após a prisão, Machado foi encaminhado para fazer exame de corpo e delito, e depois seguiu para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna, em Abreu e Lima, no Pernambuco. Ele nega as acusações de ter atuado junto ao Consulado de Portugal para obter “um aporte português em favor de Mauro César Barbosa Cid, para viabilizar sua saída do território nacional”.
Conforme o parecer do magistrado, a prisão não seria mais necessária por já ter alcançado o resultado esperado, sendo assim, decidiu pela conversão do cárcere para medidas cautelares. Uma delas é a proibição de Machado manter contato com os outros investigados pela suposta tentativa de golpe em 2022, até mesmo por intermédio de terceiros.
Além disso, foi imposta medida para que o ex-ministro se apresente perante o juízo da Comarca de origem a cada 15 dias, todas as segundas-feiras. Ele também está proibido de se ausentar da Comarca, e teve o aporte cancelado, e não pode ausentar-se do país.
Em caso de descumprimento das cautelares, o ministro pontuou que deve ser decretado uma nova prisão.